O mito de Teseu demonstra a trajetória representada pelo pensamento labiríntico ou circular. O início se torna o fim! Na psicoterapia esta seria a experiência de “dar-se conta” (insight) de que o inimigo estaria o tempo todo na própria interioridade do Herói, pois este precisou da Anima para salvar-se da perdição e não o contrário, sua alma o salvou! Ariadne ou a anima é o próprio telos (finalidade) da imagem mítica do herói que se vê perdido no labirinto. O mito do herói prevê que a pessoa encontre um espaço onde possa entrar em contato com sua inconsciência de igual para igual mediada por um “fio”, para que não sucumba aos ditames e caprichos de sua vaidade e complexo de poder. Pois se sonha com a perdição, talvez se mostre como alguém orientado demais, importante demais, iluminado demais. Lembrando que o minotauro é a vergonha oculta do Rei, sua sombra em ser traído por um deus, em não se reconhecer deus de si mesmo.