Todo o complexo “mente” recebe o nome de “chitta” no sânscrito que tem sua raiz na palavra “chit” que significa consciência. Mas lembremos de que chit é uma coisa e chitta outra. Os Vedas dizem que aquilo que compõe chitta, a mente, se divide em quatro tipos de vrttis - pensamentos: 1) Memória (smrit) que inclui também o inconsciente. 2) Intelecto (buddhi) que é a capacidade de discernir e discriminar. 3) Noção ou senso de eu como individuo (ahamkara) - ou ego. 4) E mente oscilante (manas) que é aquilo que abrange todo o restante dos pensamentos que não se encaixam nas formas anteriores, por exemplo, as emoções, as sensações ou ainda uma imaginação. Já a palavra consciência, nos Vedas, é conhecida como “chit”. As Upanishads usam uma forma peculiar de explicar o que é a consciência com os três aspectos que a compõem ou que indicam sua natureza: “sat-chit-ananda”. Ela é aquela que está sempre presente. E por isso vemos em muitos textos a palavra “testemunha” que significa estar presente, mas sem envolvimento com aquilo que é testemunhado. Mesmo no sono profundo a consciência testemunha a ausência de pensamentos na mente ou, em outras palavras, o “não funcionamento” dela. Não importa quando se há 10.000 anos atrás, agora ou milênios à frente sempre ela estará presente. O que significa que ela não tem um começo ou fim.