Observemos o que se passa em torno de nós mesmos: uma estrutura apodrecida, prestes a desabar, onde se equilibram tremendas contradições e por onde transitam, incoerentemente, vislumbres de idéias novas. Impulsos jovens estourando velhas cascas. Um Destruens desmesuradamente ativo fazendo ruir, aqui e ali, as tradições, rompendo elos do raciocínio por demais sistematizado, afrontando preconceitos, diluindo perspectivas anteriores, preceituando novas tomadas de posição e urgentíssimas. Em tudo: do velho ao infante; do empírico ao científico; do previsto ao improvável; do estabelecido ao apenas formulado; do concreto ao abstrato: do rotineiro ao esdrúxulo. Criaturas de moldes tradicionais, encerradas comodamente em estreitas paredes, com que se julgam inatacáveis e isentas de perigo, esbarram, entretanto, numa inviabilidade que lhes desarticula a razão, deixando à solta torrentes emotivas a custa das quais despenham em vertiginosa queda para um dantesco impasse coletivo. É o Destruens que prevalece no momento. Não o estamos preconizando. Tentamos, com toda a nossa energia, evitá-lo. mas não podemos ignorar que é chegada a hora da derrubada de tudo que for considerado falso, ilusório, aparente, por força de julgamento legal, que só aceita as credenciais do Espírito definindo as consciências.