Podemos chamar de angústia a forte sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento e dor. Na moderna psiquiatria é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos. A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar à angústia através de lembranças traumáticas que dilaceraram ou fragmentaram o ego. Angústia quando a integridade psíquica está ameaçada, também costuma-se haver angústia em estados paranoicos onde a percepção é redobrada e em casos de ansiedade persecutória. A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequências temidas). Sigmund Freud, pai da Psicanálise, realizou estudos sobre o problema da angústia. Ele afirmou que vivemos um profundo mal-estar provocado pelo avanço do capitalismo. Neste ínterim, se faz mister observar o quão suscetível o Ocidente está às doenças próprias desse sistema econômico, tais como a esquizofrenia. Contudo, a mais eminente colaboração da Psicanálise para essa temática pode ser percebida na sua análise do aparelho psíquico: um conflito interno entre três instâncias psíquicas fundamentais ao equilíbrio do ser: as vontades (Id) vivem em constante atrito com o instinto repressor (Superego). O balanço entre as vontades e as repressões tem que ser buscado pelo Ego, a consciência. É o Ego que analisa a possibilidade real de por em prática uma ação desejada pelo Id. Não obstante, controla o excessivo rigor imposto pelo Superego. A esse conflito entre o Id e o Superego, Freud denominou angústia.